Muitas invenções foram estimuladas pelo desejo de fazer
economia. A minuteria foi uma delas. Esse dispositivo mede rigorosamente o
tempo que ficam acesas as lâmpadas de uma escada ou de um corredor. As lâmpadas
ficam acesas durante alguns minutos (geralmente três), tempo suficiente para
que as pessoas subam ou desçam as escadas, ou atravessem o corredor. Se
demorarem um pouco mais, as lâmpadas apagam-se: então é preciso acende-las de
novo, tateando no escuro o interruptor, se não estiver assinalado por um sinal
luminoso.
O funcionamento de uma minuteria é relativamente complexo.
Consta de um comutador, que é uma haste metálica que oscila em torno de um
eixo, ramificado em vários prolongamentos. O comutador tem, numa das
extremidades, um contrapeso: na outra, tem um núcleo de ferro macio, suspenso
sobre uma bobina. Tem ainda um hastezinha metálica, apontada na direção de um
contato, em que não toca quando está em repouso. Esse comutador é articulado na
haste do embolo de um freio hidráulico, que funciona com glicerina. Quando se
aperta o botão do comutador, fecha-se o circuito que alimenta a bobina. Então,
o núcleo passa ficar colado á bobina no interior da qual mergulha;
simultaneamente, o embolo do freio eleva-se, e a haste metálica, descendo, toca
no contato próximo, fechando circuito da lâmpada respectiva, que se acende. A
haste volta então a posição de repouso, mas mais lentamente do que a deixou;
esse movimento é retardado pelo embolo
do freio. O movimento é muito lento, porque o embolo precisa forçar o liquido
viscoso, contido no cilindro, a escoar-se por entre duas paredes muito
próximas. Fazendo-se variar a velocidade de escoamento, altera-se a duração do
movimento de retorno e, portanto, a duração do tempo de iluminação. Essa
regulagem faz-se por intermédio de um ponteiro do mostrador, graduado em
minutos, marcando-se o tempo que queremos que as lâmpadas fiquem acesas.
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